segunda-feira, 23 de março de 2009

13º dia: Coca-Cola e Deus: As relações entre as duas entidades mais influentes do planeta Terra ou Como a criação superou o Criador

"No princípio havia o verbo", é o que nos conta a Bíblia. E em seis dias Deus criou a Terra para descansar no 7º. Mas o que a Bíblia não conta é que Deus não permaneceu totalmente inativo no sétimo dia. Pois só descansar seria chato. Nesse dia, Deus produziu algumas coisas com as quais pudesse se entreter, e dentre elas está esta que nos interessa hoje: a almighty Coca-Cola. Continuando a história. Alguns estudiosos afirmam veementemente que o "fruto proibido" era a própria Coca, mas isto é um equívoco, pois como afirma "The Coca-Cola Code", do qual eu ainda falarei neste Blog, "O possuidor de uma Coca-Cola gelada deve sempre dividir o líquido entre todos aqueles que não são seus desafetos" (muitas divergências quanto a tradução desta passagem, mas acredito ser este o sentido geral). Sendo claro que Adão e Eva não eram inimigos de Deus, torna-se óbvio que o líquido negro não é o real significado de "pecado original" (e, naturalmente, não é o objetivo deste Blog dizer qual é o real significado). Especula-se também que Coca tenha sido o motivo da contenda entre Caim e Abel. Ledo engano.

A verdade é que durante anos, Deus deu Coca ao povo sem pedir nada em troca. E tudo era bom. Mas foi justamente essa disposição de Deus em distribuir o líquido sagrado de forma totalmente altruísta que O levou a uma derrocada sem precedentes. Pois no imaginário popular, Deus, aos poucos foi perdendo espaço. Logo não era mais Ele quem trazia conforto às famílias, não era mais a Ele que os pedidos e orações pré-sono eram dirigidos, mas sim a Ela. Há registros de que nessa época era corrente dizer "Coca-Cola me salve" quando ocorria uma catástrofe, e uma das ofensas mais graves a se dizer era "que lhe falte Coca-Cola". Deus percebeu que algo estava errado, pois ele perdia prestígio e respeito. Ele decidiu que era hora de dar um basta naquela situação usando de seus poderes. É o que a humanidade conhece como Dilúvio. Foi o modo que Deus encontrou para dissolver a Coca da vida das pessoas. Rumores existem que a Coca diluída que foi parar em alguns cantos mais recônditos possa ter virado o que hoje conhecemos por petróleo, isso será discutido em outro momento.

O que acontece é que o líquido maravilhoso não sumiu por completo e em fins do século XIX John Pemberton redescobriu o líquido em cavernas da Jordânia, deduziu a fórmula e recriou o líquido. Claro que não tão gostoso quando feito nos primórdios pelas mão de Deus himself, mas mesmo assim ainda muito saboroso. Essa fórmula vem evoluindo desde então e hoje temos algo muito similar ao original (principalmente nas garrafas retornáveis de 1,5L).

Desde sua redescoberta a Coca-Cola vem desempenhando um papel crucial nos esquemas políticos do planeta, principalmente como símbolo do capitalismo. Mas mesmo exercendo tão grande impacto nas relações internacionais a Coca mostra mesmo sua força, nas pequenas reuniões familiares aos domingos, nas reuniões entre amigos, naqueles momentos estressantes, nos dias de calor, ou seja, nas pequenas coisas.

Nos dias de hoje, com tantas religiões proliferando, é muito mais difícil para nosso líquido precioso enfrentar a concorrência de Deus; o Dilúvio foi um golpe duro. Mas não desejamos que Deus seja derrotado, nós gostamos dele. E o principal, Deus gosta de Coca; e a Coca... gosta de Deus.

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